A médica pediatra Ana
Maria Napolitano e Ferreira voluntária
do núcleo Clube da Turma M’ Boi Mirim, projeto da ONG Social Bom Jesus, da
uma entrevista contando a importância do voluntariado.
Entrevista: tempo e atenção podem mudar vidas
A médica pediatra Ana Maria Napolitano e Ferreira participa desde 2009 do Programa Adotei um Sorriso, empregando seu conhecimento na busca por qualidade de vida de crianças e adolescentes.
Ela trabalha como voluntária no Clube da Turma, Projeto do Serviço Social Bom Jesus, que atende mais de duas mil crianças, adolescentes, jovens e adultos por meio de atividades de arte, cultura, esporte e lazer. O Clube também promove ações por meio de acompanhamento psicossocial, reuniões temáticas, oficinas, cursos, palestras e atividades físicas.
Nesta entrevista, ela fala da importância do voluntariado.
1-Como você decidiu participar do Programa Adotei um Sorriso?
Dra. Ana Maria Napolitano e Ferreira: Senti a necessidade de começar um trabalho voluntário, então comecei a procurar uma organização com perfil ético, que me identificasse, e a Fundação Abrinq foi uma delas.
2-Como um pediatra pode contribuir para o bem-estar e desenvolvimento das crianças?
AF: Não só atuando durante as doenças, mas também podendo agir de maneira preventiva, observando a situação física, psicológica e social das crianças, trabalhando com outros profissionais. Atuando no que a criança precisa, melhorando sua vida de forma geral, e de forma preventiva.
3-Como é sua relação com as crianças, mães e funcionários da organização?
AF: O acolhimento dos funcionários do Clube da Turma é muito grande, me dão todas as condições, conversamos e discutimos muito o trabalho. Com as crianças é muito bom, elas adoram ir ao pediatra, adoram contar o que fazem.
Algumas mães reagem de uma forma muito positiva, e outras não querem saber da gente, aí temos que trabalhar fazendo um trabalho de conscientização com as mães.
4-Há mais alguma ação prevista esse ano?
AF: Atendo voluntariamente toda quarta e quinta-feira no Clube da Turma, juntamente com assistentes sociais, psicólogos e a diretora, assim melhoramos as condições de vida das crianças como um todo.
5-Algum caso que se destacou dos demais?
AF: Nós temos muitos casos que devemos encaminhar para neurologistas e psiquiatras, para conversar, discutir e orientar melhor as crianças. Alguns casos apenas acompanhamos, por exemplo, de obesidade, onde acompanhamos o peso. As crianças também começam a contar as coisas fora do consultório. É muito gratificante!
6-O que você diria aos voluntários que estão chegando?
AF: Que bom que vocês chegaram! A sociedade precisa desse trabalho, e se cada um dedicasse uma hora de seu dia, da sua semana, muitas coisas mudariam. O Brasil é um país muito privilegiado, e com um pouquinho de tempo dá para ajudar quem quer sair dessa vida de dificuldade, é o mínimo que podemos fazer. É como uma colmeia, se cada um ajudar um pouco fazemos uma colmeia grande e bonita.
7-Quantas crianças a senhora já atendeu voluntariamente?
AF: Nós fizemos do final de maio até agora 70 atendimentos, dois questionários e trabalhamos com os pais. Queremos atender todas as crianças até o final do ano, e para darmos conta das que estão entrando, se inscrevendo agora, vamos ter que trabalhar muito. Temos quase 1000 crianças de 7 a 15 anos no Clube da Turma e até fevereiro queremos dar conta de todas as crianças que estão lá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário