Por Priscilla Mendes
Ontem, ao visitar a exposição no “Museu Afro Brasil”, no Parque Ibirapuera em São Paulo, fui surpreendida com a mostra “Brincar com Arte – O Brinquedo Popular do Nordeste”, um acervo com mais de mil objetos, que fizeram eu retornar ao passado e relembrar momentos da minha infância, tempo em que os brinquedos não tinham tecnologia e ganhavam vida a partir de um único elemento: a criança, que soltava a imaginação, criatividade e transformava aquele brinquedo simples em algo especial e maravilhoso.
A mostra é uma excelente pedida para que as pessoas possam reviver momentos da sua infância e apresentar aos jovens de hoje os brinquedos criativos e interessantes de outras épocas. Com mais de mil brinquedos da coleção de David Glat, curador do Museu do Brinquedo Popular na Bahia, a exposição trouxe como proposta principal, recuperar e apresentar as raízes brasileiras a partir dos brinquedos, que fizeram parte de diversas gerações ao longo dos anos.
São diversos modelos, entre eles carros em miniaturas feitos artesanalmente, com madeira, arame, e plástico de refrigerante, além de bonecos de figuras populares do nordeste, como a bailarina e os forrozeiros. Figuras do nosso folclore, muito difundido na região do país, também estão lá, como o saci e sereias feitos com retalhos.
Mané Gostoso, que se movimenta ao comando de nossas mãos |
Telefone de Lata |
Carrinhos de Madeira |
Peteca |
Pé de Lata |
OUTRA EXPOSIÇÃO
Além da exposição de brinquedos, o museu também apresenta a mostra “O sertão: da caatinga, dos santos, dos beatos e dos cabras da peste”, que conta com 800 obras entre pinturas que parecem se mexer, esculturas, gravuras, fotografias, instalações, documentos reproduzindo toda a vivência do sertanejo, peças simples como roupas de couro, cerca de madeira rústica, objetos usados para marcar bois, artefatos de selarias, livros de cordel, altares e uma representação fiel da oficina e casa de um ferreiro, com objetos que fazem o visitante se sentir em um sertão nordestino.
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