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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Consciência Negra é tema de debate com KL Jay e o sociólogo Alexandre Tuller

Para encerrar as comemorações do mês da Consciência Negra, a ONG Social Bom Jesus recebeu no mês de novembro o DJ do grupo Racionais Mc’s, KL Jay, e o professor e sociólogo Alexandre Tuller, para um bate-papo sobre a questão do negro na sociedade brasileira. O encontro aconteceu no Clube da Turma M' Boi Mirim, um dos maiores núcleos da organização e contou com a participação de 120 pessoas, entre assistente social, educandos, educadores, psicólogos e pedagogos.

A programação do evento foi dividida em dois temas, a “Influência da cultura africana na cultura brasileira, música e arte” e “Política de Reparação: Justiça para reduzir a situação de exclusão de negros e índios no Brasil”, propondo aos participantes novas perspectivas para gerações futuras da periferia, além da busca por benefícios em favor da diversidade cultural e étnica. "É bom despertar a palavra nos jovens, refletir é mais que importante", declara KL Jay.

O encontro que foi o primeiro de uma série de debates, cuja proposta é buscar respostas diante dos mais diversos temas sociais e orientar os moradores da região do Jardim Ângela, periferia da zona sul de São Paulo, foi um sucesso e reuniu jovens interessados a debaterem questões que dizem respeito à nossa realidade e lideranças comunitárias como o Coletivo Fora de Frequência, que surgiu no Jardim Ângela em 2006 com uma banda de Hip Hop e com o tempo os membros do grupo resolveram ir além das produções musicais e audiovisuais, começando a utilizar o Hip Hop como ferramenta de educação, desenvolvendo e executando projetos de oficinas culturais em comunidades, pontos de cultura e organizações da sociedade civil.

O debate que tinha como foco apenas as questões da influencia da cultura africana na cultura brasileira, música, arte e política de reparação, acabou abrindo um leque para assuntos como: religião, o papel que cada um exerce como cidadão e até mesmo sobre sonhos que cada jovem da periferia possui e muitas vezes por não conseguir, abandonam o estudo, esquecem a realidade em que vivem e entram no mundo das drogas e do crime. Um dos assuntos bem questionados durante o debate foi também a questão do ensino e das cotas. "Não sou contra, mas as cotas deveriam ser de acordo com a classe social e não pela cor, afinal nem todo negro é pobre e nem todo branco é rico", declara Alexandre Tuller.

Para receber cada um dos participantes, a equipe organizadora do evento pensou em todos os detalhes, desde o café da tarde até a decoração da sala, que para proporcionar um bate-papo mais aconchegante e descontraído, teve como decoração várias almofadas, tapetes, pufs e quadros de personalidades afrodescendentes que fizeram história. Além do bate-papo, rolou a apresentação do grupo de capoeira do Clube da Turma, apresentação de Dança Afro, com a dançarina e educadora Jessica da Cruz Policate e para finalizar o DJ KL JAY deu uma palhinha do seu mega talento durante uma hora, tocando dezenas de músicas e animando a garotada, que durante a sua apresentação fez uma roda de dança de rua.
A tarde de quarta foi espetacular como ressaltou KL JAY e em um espaço aberto à comunidade, cada um pode expor suas opiniões e ideias. "O presente nos mobiliza a ter um mundo melhor e quem tem que mudar o mundo somos nós", ressalto um dos participantes do primeiro bate-papo realizado no Clube da Turma M' Boi Mirim.


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