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quarta-feira, 27 de março de 2013

Como evitar as quedas na terceira idade


Muitos já devem ter ouvido falar ou ter conhecido algum idoso que após uma queda, fraturou partes do corpo e ficou com dificuldades de locomoção. Talvez devesse apresentar osteoporose, doença sobre a qual existem campanhas de orientação, porém a questão é por que houve a queda? Pensando na importância em orientá-los, o núcleo SEIVA da Vida, realizou na manhã de ontem, uma palestra com dicas de prevenção de quedas domiciliares, problema bastante comum na Geriatria e que atinge 30% das pessoas a partir dos 60 anos, sendo mais comum em mulheres.

As quedas não são intencionais e independem da faixa etária, porém, o risco torna-se maior com o aumento da idade. As causas são multifatoriais e podemos dividi-las em fatores de risco intrínsecos e extrínsecos.  Podemos citar como intrínsecas alterações fisiológicas próprias do envelhecimento, dificuldades de visão e audição, desequilíbrio, osteoporose, diminuição da força muscular, ansiedade e até a própria negação das limitações físicas levam os idosos a ultrapassarem seus limites e se exporem a maiores riscos.

Já os fatores extrínsecos incluem as características do ambiente: iluminação inadequada, superfície escorregadia, tapetes soltos ou com dobras, degraus altos ou estreitos, ausência de corrimãos em corredores e banheiros, prateleiras muito baixas ou elevadas, roupas muito compridas, calçados inadequados e via pública mal conservada. O uso de certos medicamentos também pode ocasionar o episódio de queda devido a alguns efeitos indesejáveis que podem provocar.

Uma queda, por mais simples que seja, pode trazer consequências graves em diversos aspectos à vida do idoso: saúde, financeiro, social e familiar. Em alguns casos o idoso desenvolve a chamada síndrome pós-queda, caracterizado por um pavor descontrolado de andar novamente ou até chegam a uma depressão, por sofrerem constrangimentos físicos pelas próprias dificuldades dentro e fora de casa e também constrangimentos psicológicos, pois agora necessitam da presença constante de uma pessoa impedindo sua privacidade. Essa situação torna-se ainda mais complicada quanto precisa de auxílio de terceiro para realizar atividades básicas diárias, como tomar banho e ir ao banheiro. Todas essas situações fazem com que eles se sintam incapazes, um peso para a família e para a sociedade, trazendo um quadro enorme de depressão, que, por muitas vezes, o fará desistir de lutar pela recuperação e por uma qualidade de vida melhor.

Por isso, a melhor maneira de preveni-las, envolve medidas de segurança e práticas bem simples, relatadas por Bianca Barbosa e Gilsa Pedroso, palestrantes a parceiras do Núcleo de Convivência do Idoso - Seiva da Vida.

• Exercícios físicos regulares para fortalecimento e alongamento muscular
• Cama com altura entre 50 e 55 centímetros, facilitando deitar e se levantar.
• Interruptores de luz próximos da cama, evitando que as pessoas tenham que caminhar no escuro.
• Pisos antiderrapante e tapetes fixos no chão.
• Barras de apoio no banheiro tanto no vaso sanitário como no box.
• Degraus devem ser substituídos por rampas de inclinação leve.
• Quando da existência de escadas, deve haver corrimão e proteção antiderrapante.
• Tomadas elétricas na altura dos interruptores.
• Evitar encerar e lavar a casa.
• Evitar que idosos subam em cadeiras para molhar plantas ou pegar objetos.
• Á noite, deixe sempre uma iluminação fraca no corredor que leva ao banheiro.
• Quando houver dificuldades para caminhar, estimular o uso de bengalas ou mesmo andadores.
• Evitar usar chinelos.
• Evitar andar só de meias sobre assoalho de madeira ou lajotas.
• Usar sapatos de borracha, que apoem o calcanhar ,com solados não flexíveis, sem saltos e antiderrapantes.
• Fazer revisões periódicas da visão e audição e utilizar-se dos aparelhos necessários para correção de possíveis déficits.

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