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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Reflexão


Por Renata Moura
Pedagoga e Supervisora de Projetos Sociais
Lendo o livro “Cidadão de Papel” de Gilberto Dimenstein e desfrutando do delicioso texto de Priscila Mendes, postado aqui no Blog outro dia sobre o manifesto “Gota D' Água". Percebi o forte vinculo desses dois  textos, acho até que a Pri já leu o livro, pois os dois  denunciam uma sociedade alienada.  A sociedade que assina a petição sem saber do que se trata é a mesma que conhece dita e até conquista os seus direitos, porem não usufrui deles.  Durante essa reflexão  percebi o quanto  ainda está longe do nosso país a verdadeira soberania popular, onde haja total respeito aos direitos das pessoas e as mesmas tenham clareza disso. Lembrei-me  de quantas vezes em algumas ruas esburacadas machuquei o meu dedão ou acabei com a suspensão do meu carro, eu dizia “Essa rua devia está arrumada é um direito meu, afinal eu pago para isso”, portando alguns segundos depois me esquecia  e tudo não passava de pensamentos raivosos. Mesmo sabendo  dos meus direitos não procurava buscá-lo. Essas e algumas outras atitudes, às vezes tão comuns em nosso dia a dia, demonstram o quanto desfrutamos da cidadania de papel, onde nossos direitos são  superficiais. 

Nessa reflexão percebi o quanto somos hipócritas, chamamos políticos de ladrões, porém em futuras eleições não nos preocupamos em buscar informações sobre nossos futuros lideres. Acomodamos-nos, vira um jogo de responsabilidade, onde não se encontra culpado. Porém somos todos culpados! Culpados por não exercemos plenamente a nossa cidadania; Culpado por deixar que conquistas tão intensas e sofridas como o Impeachment de Collor se perca, em manifestações sem sentidos, como a liberação de drogas no campo da USP, que é sustentada por nossa contribuição fidelizada. Culpados por aceitar que leis sejam  aprovadas sem nossa opinião e que manifestos  sejam definidos sem o nosso conhecimento. Fica a dica, a culpa deve ser sempre revista com ações que mudem atitudes insanas, desta forma vamos não só lutar como também vivenciar a cidadania na integra.

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